quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Europa 2010: Amsterdam

Quando meus amigos e eu falamos pela primeira vez sobre essa viagem, em Dezembro do ano passado, eu não fazia ideia de que o tempo passaria tão rápido. Depois de muitas conversas definimos o roteiro, compramos passagens e bilhetes de trem, pesquisamos sobre os passeios e até sobre as temperaturas das cidades: ainda assim, parecia que faltava muito tempo. E mesmo no dia em que embarcamos a impressão que eu tinha era de que aquilo aconteceria num futuro... Um futuro do tipo "um dia" irei pra Europa.

Aeroporto de Schipol

Bom, acho que posso dizer que estou no futuro. Já me acostumei com as cinco horas a mais daqui. Às vezes a gente perde um pouco a noção de tempo, mas da janela do albergue onde ficamos há relógio que nos ajuda a acurar essa noção. A cada 15 minutos seus sinos tocam! Qual é a sacada de um relógio dar badaladas a cada 15 minutos? Eu não contei quantas são, mas não são uma ou duas. E quando é hora cheia, parece meio-dia de domingo! Eles devem trocar esses sinos mensalmente por desgaste.

Esse relógio toca os sinos a cada 15 minutos!

Ainda bem que não tinha nenhum sino durante o voo, porque ficar 12 horas dentro do avião não é lá muito empolgante. Voar não me dá frio na barriga, mas a ansiedade de chegar aqui era muito grande. Eu confesso que tinha receio se teríamos algum problema na aduana. Não havia nenhum motivo para barrarem um bom menino como eu (segundo minha mãe)... Sei lá, quando você planeja algo por tanto tempo, muitas coisas passam pela sua cabeça. Mas o fato é que, para mim, foi tranquilíssimo: não me perguntaram nada! Por outro lado, fizeram algumas perguntas para nossa amiga Simone. Sabe como é: nessa onda de "damas primeiro", a deixamos na frente da fila da aduana ;-) Perguntaram várias coisas a ela. É sua primeira vez aqui? Trabalho ou passeio? Quais pontos turísticos você pretende visitar? Pô, nessa pergunta eu teria comprometido nossa viagem, pois a primeira coisa que me veio à cabeça foi o Sex Musuem... Depois de alguns instantes me lembrei da casa da Anne Frank, mas poderia ter sido tarde demais. Enfim, depois dessa entrevista, a mulher perguntou: "Eles estão com você?... Ah, então manda todo mundo chegar junto" (não foram com essas palavras, claro). Sucesso!


Do aeroporto pegamos um trem para a estação central, de onde o albergue fica próximo. Enquanto aguardávamos a recepcionista fazer o check-in, conversamos com um brasileiro que estava ao nosso lado. A propósito, não apenas tem muitos brasileiros por aqui: tem gente de tudo quanto é lugar! Italianos, por exemplo, eu vi tantos que fico me perguntando: quem vamos encontrar na Itália?

Após o check-in, demos uma volta pelas redondezas. Compramos umas fritas com salsicha e molho servidas dentro de uma caixinha (parece comum por aqui - eles chamam de patat) e nos sentamos no Nationaal Monument para comer. Depois de uma caminhada e diversas fotos, por volta das 20h, ainda com sol (que brilhou até mais-ou-menos 21h), paramos pra tomar uma breja: Amstel, por €5. Como não estamos esbanjando dinheiro, em seguida, fomos ao mercado fazer umas compras. Voltamos para o albergue e fizemos um lanche. Mal acabei de comer, deitei-me para tirar uma soneca, a qual durou até a manhã do dia seguinte.

Nationaal Monument

Nationaal Monument

E o dia seguinte começou com um bom café-da-manhã, servido no bar do albergue. É interessante você tomar um café-da-manhã num lugar que parece um pub, com meia-luz, mesa de bilhar e rock 'n roll de fundo musical). Ao contrário do desjejum, o clima não foi lá tão bom, pois amanheceu nublado e um pouquinho frio. Mas isso não atrapalhou nosso passeio pela cidade. Pegamos um bonde em direção ao Heineken Experience. Também tínhamos a intenção de visitar o Museu Van Goch, mas a fila nos fez mudar os planos. Aproveitamos para tirar umas fotos no Museumplein, no famoso letreiro escrito "I amsterdam" (parece que há mais de um desses). Em seguida, fomos para o Heineken Experience. A cervejaria tem um passeio mais-ou-menos auto-guiado: há setas dizendo para onde você deve ir e, em alguns pontos, há guias (reais ou virtuais) contando alguma história ou servindo uma Heineken.

Café-da-manhã no albergue

Museumplein

Heineken Experience

Heineken Experience

Saímos de lá e procuramos algo para comer: paramos num pub irlandês bem próximo. Enquanto beliscávamos uns petiscos num pub irlandês, começou a chover. Pretendíamos ir na casa da Anne Frank: para chegar lá de bonde tínhamos de fazer uma baldeação. Compramos um bilhete que tinha validade de uma hora. Uma dica para vocês, amiguinhos: nunca se esqueçam de validar esse bilhete na saída do bonde. Do contrário, terão de comprar outro bilhete.

Quando chegamos no ponto próximo à casa da Anne Frank, bem molhadinhos, com a chuva ainda rolando e com pouco tempo antes de encerrar o horário de visitação, pensamos que seria mais legal voltarmos para o albergue, tomar um banho quente e comer alguma coisa. Simone e Daniel compraram um guardachuva, mas Ronald e eu resolvemos caminhar na chuva mesmo e guardar a grana para um pre rolled reefer ;-)

"Purple Haze"

À noite, comemos um kebab limpinho perto do albergue (até agora eu passo bem) e demos uma volta pelo famoso e, noite após noite, aclamado Red Light District! Não há nada de inédito que eu possa dizer a respeito que já não tenha sido dito: as meninas ficam nas vitrines exibindo seus melhores produtos, dispostas a atender bem para atender sempre! Algumas ruas são bem estreitas (não cabem carros e, em algumas, não há bicicletas circulando), o que torna o lance muito mais intimista: quase que aconchegante. Ronald e eu demos um rolê por uma que era sem saída e só percebemos quando chegamos a poucos metros do fim. Mas antes de voltarmos, entramos numa casa cheia de corredores, portas e meninas, a La Vie en Rose.

Red Light District

Nossa segunda noite em Amsterdam ainda não tinha acabado. Ao lado do nosso albergue, também sob a insígnia do Bulldog, há um coffeeshop; e é óbvio que eu não sairia de Amsterdam sem experimentar um . Sucesso!

Com um pouco de dor-de-cabeça, acordei no terceiro dia com os raios do sol atravessando a janela do quarto. Descobri que apenas eu não tinha me levantado: talvez o burburinho dos outros três tenham me acordado e não a claridade. De qualquer maneira, eu tinha de sair da cama e tratei de fazê-lo rapidamente. Afinal, até no máximo às 11h (e nem um minuto mais) tínhamos de fazer o check-out. Missão cumprida! Saímos para comprar uns postais e mais alguns souvenirs antes de nos dirigirmos para a estação central. Lá, validamos nossos bilhetes e pegamos o trem para Hannover.

Centraal Station

Amsterdam: checked!

PS. Tem mais fotos no Picasa.

Aqui vai uma apresentação do albergue onde ficamos. Está dividida em duas partes.



5 comentários:

Raphael Costa disse...

Isso que eu digo, primeiro tem que ver como eh amsterdam, depois qdo vcs voltarem pra lah, o esquema eh barbarizar... uhauhahuahua

sucesso heim faustinho?!?!

RoPanzera disse...

Faustooooo essas fotos são daquela lente horrível??? Ficaram até que boas...kkkkkk
Não segue os conselhos do Rapha não...
bjs e curte muito por aí

Anônimo disse...

Adorei a descrição!!! Tõ rindo de vários comentários pitorescos, típicos seus!! ótimo ter notícias!!! Bjo e aproveite!!!

Anônimo disse...

Será q vc adivinhou quem escreveu o comentário anterior?? Uma dica: começa com D, adquiriu mais um aparelho de ginástica pra aula de inglês...rsrsrs

Ludmila disse...

Amei sua descrições até agora, quero acompanhar a viagem inteira, e obrigada pelo primeiro pin...aproveite muuuito!!!bjos

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