Antes de contar-lhe essa história, você precisa saber um pouco sobre o contexto. Basicamente, você precisa levar em consideração dois pontos. O primeiro: a empresa onde trabalho aluga um apartamento para acomodar os consultores do Rio de Janeiro, quando esses vêm para São Paulo para participar de algum curso ou projeto. O segundo: Vagner é um amigo do trabalho incansável em inventar estórias (coincidência ou não, ele adora pescar, ipso facto, pode-se atribuir a ele a insígnia de "pescador").
Isso posto, ontem após o almoço, quando voltei ao escritório, o Vagner me entregou um papel com um nome e um número de celular, explicando que a proprietária do apartamento ligou para dizer que o aluguel não havia sido pago até a data de vencimento. Além disso, ela estava em Porto Seguro, prestes a ir embora, porém, não podia pagar a conta do hotel, uma vez que contava com o dinheiro referente ao pagamento do aluguel. Ora, me pareceu coerente alguém ter se esquecido de efetuar o pagamento do aluguel na data correta. Entretanto, a parte da trama que fala a respeito da praia, para mim, soou como esculhambação... Na verdade, pôs em xeque a credibilidade de todo o relato! Enfim, parecia uma piada! Fiquei imaginando uma mulher na praia com um chapelão e óculos-escuros estilo Ambervision, comprando um coco e, ao colocar a mão no decote do maiô, percebe que não poderá pagar o "Tio do Coco": "Meu Deus, o dinheiro do aluguel!" [Sinceramente, eu não conheço essa mulher, mas, estamos na Esfera de Fausto e aqui, é assim que ela é.]
Em pouco menos de uma hora após ouvir o enredo sobre "As Desventuras em Porto Seguro", o telefone do escritório tocou e eu atendi: era a proprietária. Ela me perguntou se havíamos resolvido o problema e eu respondi que nosso chefe não estava no escritório, mas lhe daria o recado assim que chegasse. Pensei que a conversa estava encerrada, porém, a proprietária tinha mais a dizer. Então, ela ratificou que precisava do dinheiro, pois estava em Porto Seguro, prestes a ir embora e que, para pagar o hotel, necessitava do dinheiro do aluguel. Como numa tentativa de me comover, ela acrescentou que não se preocupou com o recebimento do aluguel antes da viagem, pois nunca atrasamos o pagamento. Encerrada (de fato) a conversa, pus o telefone no gancho, perplexo! A história toda era verossímil! Ou melhor, não posso afirmar categoricamente que ela estava em Porto Seguro, conquanto, o fato é que ela alegou deveras estar lá! E ela sustentou isso até a efetivação do depósito, pois ela retornou a ligar diversas vezes, repetindo a história em cada telefonema. Em suma, se é que alguém inventou uma estória, dessa vez não foi o Vagner.
Pois é, viajar para Porto Seguro nessa época do ano pode não ser uma boa idéia. Pense nisso!
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4 comentários:
A respeito dessa pequena estoria contada pelo Fausto só quero dizer uma coisa eu Vagner não invento nada é tudo verídico e outra coisa Fausto eu sempre falo a verdade mesmo sendo o melhor pescador que você conhece.
E ainda mais trata de fazer a enquete logo para colocar no nosso grande site www.turmadaxexenia.com.br afinal eu te pago para que? ficar falando de velhinhas perdidas em Porto Seguro com os peitolas de fora.
Bom Abraços e espero ver você pensando logo na Turma da Xexênia e esquecer as Peitolas da velha.
Abraçõs
Alemão
Como sempre, Vagner, você não perde a oportunidade de fazer um "merchan" da Turma da Xexênia... Mas, não se preocupe: daremos um jeito de incluir uma enquete no site... Eu "só" preciso aprender como fazer isso...
Oi, Fausto!
quanto tempo!
Então, sobre a mulher em porto seguro...rs
Me explica como uma locatária de apartamento em zona nobre da cidade propõe-se a fazer turismo sem dinheiro para pagar o hotel (quem sabe até para o côco (como vc imaginou), pelo desespero da senhora!)
Depois a gente acha que é só pobre que sai de casa com o dinheiro contato...rs
Abs!
Pois é, Ju! Essa história de ficar sem grana para o hotel nos desperta estranheza. Será que ela anda sempre com o dinheiro contadinho? Por exemplo, quando ela vai à padaria ela leva somente (e tão somente) as moedas para os pães? Ou ela teria gasto seu dinheiro indiscriminadamente na imprevisível noite porto-segurense? Enfim, essas e outras perguntas permeiam, sem respostas, nossas mentes.
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