sábado, 23 de fevereiro de 2008

Bons tempos

No sábado acordei cedo para ir à casa dos meus pais. Passei no posto de gasolina próximo de casa. Há pouco tempo (e eu diria "tardiamente"), instalaram nesse posto um sistema integrado às bombas de combustível, onde um computador controla os abastecimentos e recebimentos.
Fiquei aguardando o frentista atender uma senhora que pagava com cartão. Não sei dizer exatamente o que aconteceu para causar uma demora um pouco acima do normal. Isso não me incomodou, mas incomodou à senhora, que disse:
- Essa coisa de computador... não tem uma maquininha?

Tsc, tsc, tsc! Cada mísero passo rumo ao mundo digital é censurado! Por vezes, não são, sequer, passos: rastejamos em busca de uma migalha tecnológica! De qualquer forma, há quem pense que "fomos longe demais".
Fiquei feliz por ter nascido na época em que nasci. Em outros tempos, eu poderia descer de meu quadrúpede e, munido de uma clava, quebrar tudo o que conseguisse, bradando qualquer coisa ininteligível.
Pensando bem, esses também seriam bons tempos.

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